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Tudo o que você precisa saber sobre como as tecnologias blockchain e tokenização estão revolucionando os mercados mundiais.

Gráfico mercado financeiro
Por Fernando Giraldo 20 de junho de 2024
Relatórios de instituições financeiras como JP Morgan, Binance e Boston Consulting Group indicam que a tokenização de ativos deve alcançar um valor de US$16 trilhões até 2030, representando aproximadamente 10% do PIB global. O mercado financeiro global pode atingir um valor de até US$4 trilhões até 2030, de acordo com outro relatório divulgado pelo Citibank. Mas, dependendo da taxa em que os bancos centrais adotam as moedas digitais, a projeção da instituição diz que esse valor pode superar os US$5 trilhões. O compromisso do BC com a tokenização da economia foi destacado no ano passado por Fábio Araújo, diretor do Banco Central do Brasil. Portanto, o Brasil está avançando para um futuro em que nossa economia será tokenizada com a implementação do DREX (o Real Digital). A tokenização, uma tecnologia promissora, tem o potencial de mudar o mundo financeiro e criar novas oportunidades para transações digitais. A tokenização está pronta para mudar a maneira como lidamos com ativos e transações financeiras, assim como a internet evoluiu de uma plataforma de sites para incluir uma variedade de aplicativos em nosso cotidiano. Baseada na infraestrutura blockchain, essa tecnologia possibilita a criação de tokens digitais que representam ativos tangíveis ou intangíveis, físicos ou virtuais. O que a torna especialmente relevante no mercado financeiro é a capacidade de permitir que os investidores comprem e vendam direitos e créditos de forma mais eficiente e transparente. A tokenização pode representar créditos ou direitos que podem se valorizar em um token. Comparando essa modalidade de investimento à compra de ações ou fundos, a tokenização oferece um modelo de negócios mais avançado e confiável, apoiado pela infraestrutura da blockchain. Este novo modelo de representação de ativos oferece várias vantagens em relação aos métodos tradicionais. Antes da tokenização, era necessário fazer parte de um seleto grupo de investidores ou recorrer a várias plataformas intermediárias complicadas para adquirir direitos ou investir em algo. A tokenização elimina quase todos esses obstáculos, permitindo que os usuários validem informações de forma independente e armazenem seus ativos em sua própria carteira digital, o que lhes permite ter acesso a investimentos que antes eram impossíveis de obter com um capital menor. Além do setor financeiro, a tokenização tem o potencial de mudar outros setores, como energia, imóveis e carbono. Democratizando o acesso a investimentos, que antes eram restritos apenas aos detentores de grande capital.
Prédio novo residencial
Por Fernando Giraldo 17 de junho de 2024
Um dos investimentos preferidos dos brasileiros sempre foi o imóvel. Ao longo dos anos é muito raro um investidor realizar prejuízo, mesmo considerando despesas com financiamento imobiliário, impostos, manutenção, dentre outros. Esta percepção de que é um investimento seguro, físico, ainda que representado por sua matrícula (documento registrado no registro de imóveis) ocorre especialmente se (i) a demanda supera a oferta, se (ii) houver escassez de terrenos disponíveis para novas construções e se (iii) existir planejamento ou execução de obras de infraestrutura, notadamente nas áreas de transporte e saneamento público. Um ambiente econômico favorável, com baixas taxas de inflação e desemprego, reduzidas taxas de juros e acesso facilitado ao crédito imobiliário contribuem de forma determinante para a valorização dos imóveis também. Apesar disto, são poucas as pessoas que realizam investimento de imóvel na planta. A principal razão para isto ocorrer é que o investidor leigo, não sendo um profissional, carrega muitas dúvidas e incertezas que são interpretadas como risco excessivo, difícil de ser mensurado. O pouco que ele sabe é que (i) é uma decisão que impactará sua vida e de seus familiares, (ii) que o valor do investimento é muitas vezes superior à sua capacidade de gerar receita no curto prazo, implicando em consequências severas caso ocorra alguma alteração em sua renda e (iii) a constatação de que ele possui pouca ou nenhuma informação sobre a empresa e a equipe que irão administrar a obra em questão. Isto faz com que as melhores oportunidades estejam disponíveis apenas para um seleto grupo de investidores, que possuem (i) recursos disponíveis para aquisição à vista e especialmente (ii) possuem um histórico de relacionamento com o incorporador, trazendo credibilidade para o investidor.